A história do Monte Saint-Michel inicia-se em meados do ano 708. D.C. quando Aubert, sendo então o bispo de Abranches, ordenou a construção de uma modesta igreja no monte chamado Tombe. Isso se deu após receber uma visão do arcanjo Miguel, daí o nome Saint-Michel, a grande fonte inspiradora na realização do santuário, situado na Costa da Normandia.
No século X os monges beneditinos passaram a residir na abadia, e aos poucos, naturalmente se formou uma vila povoada em sua volta. Então, ficamos com a seguinte visão: ao alto a formosa abadia e seus arcos góticos, cuja luz transpassa por seus vitrais no silencioso espaço de meditação dos monges, que celebram até nove missas por dia. E mais abaixo, uma cidade ao estilo medieval, rodeada de história e cultura.
Hoje ela é assim, mas houve tempos onde este mesmo lugar de devoção, foi uma prisão (de 1789 até 1863 após a revolução francesa). Os condenados que moviam à roda dos elevadores, sustentando-o a 150 metros de altura. Saint-Michel foi considerada como fortaleza impenetrável após várias tentativas inglesas, todas fracassadas (Guerra dos Cem Anos).
Sem dúvida alguma o ponto alto do monte Saint Michel é o espetáculo da maré, que ocorre aproximadamente 50 dias por ano.Com a maré alta, o monte parece pertencer um pouco ao mar, um pouco à terra.
O monte era ligado ao continente através de um istmo natural que era coberto pelas marés altas. Ao longo dos séculos a planície alagável em torno foi sendo drenada para criação de pastagens, reduzindo a distância do rochedo à terra, e o rio Cousenon foi canalizado, diminuindo seu aporte de águ'a e acelerando o assoreamento da baía.Em 1879 o istmo foi reforçado e tornou-se um caminho seco.
O monte tem uma das maiores variações de marés do mundo – sobe até 14 metros. Na maré baixa, o monte está ligado à terra. Na alta, é uma ilha.
Timelapses - Mont Saint-Michel from Thomas Chevet on Vimeo.